quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A revolução

Era de um silêncio absoluto, um frio cortante. Sem nem entender, os passos rápidos consumiam com volúpia a calçada. Logo à frente, uma imagem desfocada e, ao mesmo tempo, com traços perfeitos, realçados pelos raios de sol.

Um cheiro doce invade o ar. Mais alguns metros e a imagem toma forma.


Nesse instante: um corte!

Eu ali, parado em frente a seus olhos.
Você sorri!

Acho que estávamos mergulhados em meio a flores.
Novamente o cheiro. Parecia um desses fins de tarde, daquelas intensas e claras primaveras.

Assoprávamos o ar deslocando toda a intensidade de nossas almas para o mundo. Era colorido, leve, sublime.

Não sei,
Uma brincadeira de se fazer esquecer o tempo. Ali, naquele instante, não existia mais nada, além de nossos corpos e a constante alegria.

Tão eterno, quanto a canção infinita que toca sem fim no desenho fixo à parede do mundo.

Rabiscos, sabores e bom dia!

Acabo de acordar!

Um suspiro, algumas lembranças, muita saudade e um copo d´água.

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